Janeiro Branco para um ano saudável
Janeiro é um mês muito esperado pelos educadores, pois, no Brasil, é quando ocorre oficialmente o período de descanso escolar.
Curiosamente, nesse mês também acontece o movimento Janeiro Branco, criado pelo psicólogo Leonardo Abrahão. Esse movimento tem o objetivo de "sensibilizar a população para a importância do bem-estar psicológico e estimular a busca por cuidados especializados quando necessários".
Nesse sentido, o janeiro branco compartilha várias semelhanças com a Educação Inclusiva, uma vez que ao longo de um ano letivo temos a oportunidade de conviver com um número significativo de alunos atípicos. Essa interação fortalece os vínculos afetivos entre os alunos e suas famílias. Podemos afirmar que nos tornamos parte da trajetória do aluno, compreendendo e enfrentando as diversas situações que aparecem na vida das famílias atípicas. Observamos e lidamos com questões que se entrelaçam e, ao mesmo tempo, impactam diretamente nossa prática educativa.
Como resistir a essas peculiaridades que perturbam nosso dia a dia?
Observação, atenção e cuidado
A prática da auto-observação deve ser integrada ao nosso cotidiano. Questões emocionais não resolvidas e traumas não tratados podem se manifestar como doenças psicossomáticas, ocasionando dores, inflamações e diversos desequilíbrios emocionais, entre outros. É essencial prestar atenção aos sinais que o corpo nos envia. Muitas vezes, estamos tão envolvidos em nossas obrigações que não reconhecemos nosso estado de saúde debilitado. Geralmente, quem percebe nosso mal-estar é um familiar ou amigo próximo, que nos avisa: "tome cuidado!". Não negligencie essas observações! Quando alguém nota que não estamos bem, é importante considerar a busca por ajuda.
Prestar atenção aos sentimentos que absorvemos é um componente essencial do nosso processo de autoproteção. Definir limites nos relacionamentos, cuidar de si mesmo, ter momentos de lazer e buscar maneiras de aliviar o estresse cotidiano podem ser grandes aliados na manutenção da saúde mental, tanto no contexto escolar quanto fora dele.
Cuidado com as crenças limitantes, que são aqueles pensamentos em que nos subestimamos por algum motivo, e acabamos aceitando e acreditando que não somos capazes de progredir em determinados aspectos da nossa vida. De acordo com Carl Rogers, "Não existe transformação se não conseguirmos nos aceitar como somos." Entender nossos pensamentos e ponderar sobre eles com certeza contribuirão para o nosso desenvolvimento emocional.
Fontes:
https://www.gov.br/cetene/pt-br/assuntos/noticias/janeiro-branco-uma-reflexao-sobre-a-importancia-da-saude-mental
https://iptc.net.br/carl-rogers/