Combate ao adoecimento do professor dentro do ambiente escolar

Considerada uma epidemia no meio educacional e sendo objeto de estudo há pouco tempo, ainda é desafiador avaliar o desenvolvimento do Burnout em diferentes profissões. No entanto, as transformações sociais das últimas décadas alteraram a cultura e os interesses dos estudantes, aumentaram a violência nas áreas urbanas e diversificaram e intensificaram o acesso à informação, elementos que adentraram as escolas e se tornaram fatores estressores para os professores.

Como parte de um projeto de pesquisa, conduzimos um estudo com um grupo de professores com o objetivo de identificar os estressores presentes no ambiente de trabalho e sua relação com o desenvolvimento do Burnout. Após a identificação desses estressores, elaboramos um material informativo que serve como orientação para a terapia laboral, com o intuito de minimizar as situações de estresse vivenciadas no ambiente escolar.

Os professores receberam um convite para participar do levantamento de dados de maneira voluntária, no qual foram informados sobre a proposta do projeto. Decidimos realizar esse levantamento de forma online, sem a necessidade de participação direta dos envolvidos, para proteger suas identidades.

Com as respostas que recebemos, elaboramos um guia simples contendo sugestões para aliviar o estresse, o qual foi encaminhado aos professores que participaram da pesquisa.

Perfil dos professores que responderam à pesquisa:

  • 62% está na faixa etária entre 45 e 55 anos e exerce o magistério há mais de vinte e cinco anos.
  • 75% trabalha diretamente com os alunos em sala de aula( docência) e maioria não  possui outra atividade diferente do magistério.

Também pudemos observar que a qualidade do sono da maioria dos entrevistados está comprometida, podendo ser um dos elementos desencadeadores de estresse dentro do ambiente de trabalho.

Foram identificados os seguintes fatores estressores:

  • Indiferença, indisciplina, abuso
  • Muitas demandas e professores resistentes a novas formas de ensino 
  • Conflitos, pressão na entrega de ações e falta de comprometimento 
  • Desinteresse, desvalorização e desrespeito 
  • Pré COC
  • Alunos gritando, trabalho em tempo recorde e os alunos achando que podem fazer o que querem, cheios de direitos e nenhum dever.
  • Desinteresse, falta de conhecimentos básicos do aluno, cobranças 
  • Carga horária em excesso, desrespeito dos alunos, salário incompatível
  • Baixa frequência, desinteresse dos alunos e celular.
  • Violência, falta de material
A Síndrome de Burnout, também conhecida como síndrome de esgotamento profissional, é um distúrbio emocional caracterizado pela manifestação de exaustão intensa, estresse e fadiga física como resultado de experiências laborais desgastantes. Essas experiências são marcadas pela necessidade de alta competitividade ou responsabilidade, como observado entre os professores que participaram do estudo.

A ansiedade e a depressão são condições psicopatológicas que, se não tratadas, podem levar ao surgimento de uma série de doenças psicossomáticas de difícil controle.

Portanto, é importante adotar abordagens terapêuticas para promover a construção de uma sociedade mais saudável, a fim de prevenir o adoecimento dos professores no ambiente escolar.

Professor, sua saúde mental é importante!

Clique aqui para baixar o material elaborado por Júlia do Valle em formato PDF. Não esqueça de se identificar.😉


Extraído de "Utilização de técnicas terapêuticas no combate ao adoecimento do professor dentro do ambiente escolar Trabalho do Conclusão de período na graduação em Psicologia apresentado por mim e por meus colegas de grupo: Alessandro Amorim de Carvalho; Cynthia Ribeiro Jacob; Julia do Valle Diniz Santos; Lucas Henrique ; Viviane do Nascimento.








Phedagogika.mente

Meu nome é Elisabete Miranda de Oliveira. Atuo no magistério há 37 anos, em diferentes níveis e funções. Acredito que o nosso conhecimento deve ser compartilhado ,pois se não for assim, torna-se inútil.

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